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Mostrando postagens com o rótulo Dicas de Mestre

Decisões Críticas: Onde a Verdade dos Personagens e Jogadores é Revelada

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“O caminho define o espadachim — não a lâmina que ele maneja, nem o monstro que enfrenta, mas a escolha que faz ao decidir desembainhar a espada ou mantê-la na bainha — e por quem o faz.” Todo mestre de RPG conhece a cena: a aventura começa a fluir (depois de duas horas fazendo a ficha), o cenário começa a tomar forma (depois de uma hora na taverna), os jogadores estão imersos (e de barriga cheia, porque a pizza já chegou) e as piadas pararam, pelo menos por hora… mas algo mais profundo se faz necessário, mas você como mestre, quer algo mais profundo do que apenas os dados rolando e os monstros sendo eliminados. Talvez, você queira lançar o grupo em um desafio, cheio de incertezas e dilemas morais. Um lugar onde não existe escolha fácil. Onde o bem e o mal deixam deixam de ficar nítidos para os personagens e para os jogadores também. É nesses pontos de inflexão que as narrativas transpõem o lugar comum do jogo. A seguir, desdobra-se uma pequena lista com decisões críticas — verdadeira...

Show, Don’t Tell: Técnicas de Narração para Mestres de RPG que Encantam Jogadores

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 Você já se perguntou por que algumas sessões de RPG ficam marcadas na memória dos jogadores por anos, enquanto outras se apagam na semana seguinte? A resposta pode estar em uma técnica simples, mas poderosa: o Show, Don’t Tell . Muito usada na literatura e no cinema, essa abordagem também pode transformar sua mesa de jogo. Neste artigo, você vai aprender como aplicá-la como mestre de RPG, com exemplos práticos e referências da cultura pop que mostram como tornar suas descrições mais vivas, imersivas e emocionantes. Se você quer narrar como um diretor de cinema em uma mesa cercada de dados e fichas, continue lendo. Este guia é para você. O Que Significa "Show, Don’t Tell" na Narração de RPG O conceito de "Show, Don’t Tell" — ou "Mostre, Não Conte" — é uma das regras de ouro da boa narrativa. Ele consiste em mostrar as emoções, ambientes e acontecimentos através de ações, reações e descrições sensoriais , ao invés de simplesmente dizer como algo ou al...

Corram, Seus Tolos! — Jogando RPG com Medo

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  Existe um veneno silencioso que ronda as mesas de RPG. Ele se esconde nos bastidores da aventura, sussurra nas decisões dos jogadores e contamina a forma como narradores preparam seus desafios. Ele veste a pele da recompensa, do progresso e da justiça. Mas ele é puro vício. Estou falando do hábito de zerar a dungeon . Sabe do que estou falando. Os jogadores entram num complexo subterrâneo, templo amaldiçoado ou colônia espacial infestada, e imediatamente ativam o modo Diablo III: cada sala é limpa, cada monstro é morto, cada centavo de tesouro é vasculhado. Eles não param até apagar todas as luzes, matar todos os NPCs hostis e transformar o mapa inteiro num parque temático de pilhagem e destruição. E no final? Esperam XP, loot e reconhecimento por terem tratado uma situação complexa como uma planilha de Excel. Mas e se eu te dissesse que o verdadeiro herói sabe fugir? Heróis Correm "Heróis enfrentam o impossível", você diz. E sim, claro. Mas só os tolos enfrentam tudo. Um b...

Quando o Monstro Morre Sem Rolagem

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  As vezes a imaginação é maior que a rolagem dos dados. Não tem nada de errado em rolar dados. Aliás, essa é uma das partes mais satisfatórias do RPG. O som de vários dados quicando pela mesa, o suspense da virada, os olhos arregalados esperando pelo número final. Críticos, falhas críticas, modificadores que a gente esquece de somar. Isso tudo é parte do show. Mas uma das coisas que torna o RPG inesquecível não é o número que sai no dado. É o que acontece quando ele não precisou ser rolado. É quando o jogador e o mestre olham para o cenário e percebem, juntos, que existe uma solução criativa, inesperada e cinematográfica para um conflito que parecia destinado a ser resolvido com inúmeras rodadas, rolagens e cálculos. Quando, em vez de ataques sucessivos e consultas a ficha, a resolução do combate vem de uma ideia tão boa, tão coerente com o mundo e a história, que o sistema inteiro se cala e deixa a ficção assumir o controle. É o momento em que o RPG vira mais cinema do que ...

Dragões, Dados e Decepções: Quando o Mestre é o Frustrado da Sessão

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  Você passou semanas preparando a masmorra perfeita, desenhando mapas, escrevendo monólogos, equilibrando encontros… e seus jogadores decidiram ir caçar tortas na vila vizinha. Sim, dói. E sim, acontece com todo mundo. Neste artigo, vamos falar da frustração do outro lado do escudo : quando o mestre prepara um épico... e os jogadores o desmontam com um simples “vamos pra esquerda” ou um crítico no primeiro turno. Mas calma: isso também é parte da magia do RPG. A dor de ver sua obra ignorada Você caprichou. A Masmorra da Morte do Medo Maldito™ tinha 12 níveis, armadilhas com lógica interna, cinco minibosses com fichas otimizadas e um chefão final com lore próprio, histórico trágico e tudo o mais... Mas os jogadores... decidiram investigar um festival de tortas em outra vila e tomar um milkshake de morango (Nossa! É muito cremoso!). Ou tiraram um 20 e convenceram o seu vilão a se aposentar e abrir um food truck. Se isso já aconteceu com você, bem-vindo ao clube. Quando o v...

Como Fazer Seus Jogadores Odiarem seus Vilões

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Hoje eu trouxe três dicas para ajudar você a fazer seus jogadores se envolverem de verdade e sentirem raiva dos seus vilões! Essas dicas fazem parte da série 16 Coisas que Toda Boa Aventura de D&D Deve Ter . 1. Comece com os 3 Fundamentos do Vilão Antes de pensar na ficha, no passado sombrio ou no plano maligno, defina três pontos simples sobre seu vilão: Objetivo : O que ele quer alcançar? Se for inteligente, qual é sua grande meta? Se for mais instintivo, qual é o impulso que o move? Motivação : Agora pergunte: por quê ? Saber o motivo que está por trás da ambição torna o vilão mais real e interessante. M.O. (Modus Operandi) : Como ele age? Quais recursos, habilidades e — o mais importante — que marca pessoal ele deixa nas suas ações? Com esses três elementos definidos, você consegue criar o restante da aventura com muito mais confiança. O Modus Operandi vai influenciar o clima da história. A Motivação vai moldar o passado e a situação atual. E o Objetivo pode at...

Como Usar (ou Evitar) o Plot Twist do NPC Traidor na sua Mesa

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Um dos clichês mais amados — e também mais perigosos — nas mesas de RPG é o famigerado NPC traidor : aquele personagem que manda os heróis em uma missão suicida ou revela sua verdadeira face no pior momento possível, virando o jogo contra os protagonistas. É um trope clássico, com potencial para momentos épicos de tensão e drama. Mas também é fácil de errar a mão. Afinal, se usado sem cuidado, o golpe de traição pode parecer forçado, previsível ou simplesmente frustrante para os jogadores. Então, como usar esse recurso sem cair no óbvio? E, mais importante: como criar aventuras igualmente emocionantes sem depender desse clichê? Vamos falar sobre isso! Prepare-se para repensar seus NPCs e transformar suas campanhas em histórias que os jogadores jamais vão esquecer. Como USAR o NPC Traidor de Forma Criativa Nem toda traição precisa ser óbvia, clichê ou canalha. Usar o NPC traidor de forma inteligente pode render reviravoltas épicas, dilemas morais e até momentos emocionantes de reden...