Encontros Não Tão Aleatórios: Uma Crítica ao Grinding Narrativo

A Maldição do Aleatório Se você já jogou RPG por mais de três sessões, já viveu esta cena: o mestre descreve a estrada, a masmorra, o subterrâneo. Você já está com cabeça pensando no que vai fazer quando vencer o vilão, no mistério que o aguarda, no diálogo com um NPC cheio de segredos. Mas, de repente, ele rola um dado. Você escuta aquele barulho característico dos dados rolando, ele olha uma tabela no livro e fala: “Hmm… apareceu um grupo de seis goblins.” . Todos suspiram. O ladino pega um monte de D6 para o ataque furtivo, o guerreiro resmunga “ainda não me curei desde o ultimo combate" e o mago já prepara a magia que ele vai lançar e na dúvida vai de bola de fogo . Pronto: vinte minutos de jogo jogados no lixo, em um combate que não acrescenta nada além de estatísticas. Estes são os encontros aleatórios em seu pior sentido: interrupções. São como anúncios de YouTube que não dá para pular. Pior ainda: às vezes o mestre acha que está criando um desafio, quando, na verdade, só...