Barata Escravizadora - Monstro do Urbana Arcana
No final do ano de 2017 houveram muitos livros que me chamaram a atenção, mas dentre todos esses, um que me proporcionou a leitura mais divertida provavelmente tenha sido o Urban Arcana, lançado para o saudoso sistema D20. O livro em questão apresenta um mundo onde seres sobrenaturais vivem em meio a cidadãos incautos, que mal percebem que podem estar cercados de monstros devido a um efeito mágico chamado de "sombra". O cenário é muito interessante e evoca muito de Shadowrun, podem também ser adaptado para Megacity entre outros.
E falando de monstros, um dos monstros que mais me chamou atenção, talvez por ser grotesco é a Roach Thrall, traduzida, adaptada para as regras de 3D&T e publicada aqui por mim com o nome de Barata Escravizadora. Espero que gostem.
Barata
Escravizadora ( Roach Thrall)
Ainda que tenha aspecto humano, uma
barata escravizadora nada mais do que uma barata gigante que se alimenta de
lixo e põem ovos em humanos incautos. Quando ameaçados, eles despedaçam a epiderme
humana, revelando sua horripilante forma de inseto.
Na maior parte do tempo, a barata
escravizadora se parece com o humano que a barata consumiu quando saiu do ovo. A
barata quando emerge do ovo passa a controlar todas as funções do humano
hospedeiro, conseguindo ver e ouvir pelos seus ouvidos e olhos, podendo até
mesmo falar através de estímulos das cordas vocais. Nessa forma, ela pode se
misturar facilmente na sociedade humana, atraindo o mínimo de atenção possível.
Um escravizado não pode lutar bem
em sua forma humana, mas quando ameaçado, eles despedaçam a pele humana que o
reveste, emergindo dos restos do hospedeiro e revelando sua verdadeira forma:
uma barata gigante com seis membros que terminando em lâminas afiadas, antenas que
chicoteiam e uma dura carapaça. Nos instantes após emergir do hospedeiro a
carapaça apresenta um aspecto esbranquiçado, um branco leitoso, e ela tende a
andar nas duas patas traseiras (um resquício dos hábitos adquiridos de quando
fingia ser um humano), mas rapidamente a carapaça escurece para um tom de
marrom escuro e em poucos dias a barata recém-saída do hospedeiro começará a
usar as seis patas para locomoção. Uma barata que tenha emergido de seu
hospedeiro não pode mais retornar ou reproduzir, então ela passa o resto de sua
vida procurando comida e protegendo outras baratas.
Muitas baratas escravizadoras nunca
assumem sua forma insetóide, o motivo talvez seja o clico de vida e reprodução
dessas baratas seja dependente dos hospedeiros humanos. Toda barata começa a
vida como um ovo implantado e um humano. Quando emerge do ovo, a barata trata
de devorar o cérebro e os órgãos internos da vitima durante seu sono – um processo
que pode levar de 6 a 8 horas. A barata poupa os músculos, pele e ligando seu sistema
digestivo ao sistema da vítima, então o corpo não entrar em estado de decomposição.
A barata também cria uma ligação com o sistema nervoso e motor da vítima, permitindo
que ela ande em meio aos demais seres humanos. Ela se mistura com a sociedade o
melhor que consegue, até que ela consiga produzir seus próprios ovos, o que
pode levar de 6 meses a 2 anos.
Então ela usa os órgãos reprodutores
de seu hospedeiro humano para implantar ovos em suas novas vítimas.
Uma barata escravizadora não mantém
nenhuma das memórias de seu hospedeiro, então é difícil convencer parentes e
amigos próximo que não há nada de errado. Consequentemente, a maioria das
baratas escravizadoras estão vagando pelas ruas das grandes cidades, mas elas
são inteligentes o suficiente para aprender e imitir muitos traços do
comportamento humano na sociedade moderna, através de imitação, improviso e
acertos e erros, conseguindo simular uma vida humana normal, exceto por um
único detalhe: lixo. Elas tiram seu principal sustento de coisas que os humanos
acham repulsivo: comida podre, leite coalhado e matéria orgânica decomposta.
Uma barata escravizadora não nutre
afeição especial por outra barata, ou mesmo seus filhotes, mas eles reconhecem
o valor do trabalho em equipe para atingir um objetivo, para isso então, elas
se reúnem em acampamentos, comunidades ou “cultos” com o objetivo de adquirir
lixo para alimentação e novos hospedeiros humanos para colocar seus ovos.
Uma barata escravizadora aprende a língua
local rapidamente – em menos de algumas semanas após emergir do ovo. Eles
perdem essa habilidade caso assumam sua forma insetóide, mas continuam sendo
capazes de compreender qualquer linguagem que conheçam. Em sua forma
verdadeira, elas são capazes de se comunicar umas com as outra sem precisar de
palavras, apenas encostando suas antenas umas nas outras. A forma real de uma
barata escravizadora tem pouco mais de 1,5m e pesa 70 kg.
BARATA
ESCRAVIZADORA 16N
F1(corte), H3, R2, A3, PdF0; 10 PVs,
10 PMs; Membros Extras x4, Sentidos Especiais (faro aguçado e infravisão);
Arrombamento, Disfarce e Furtividade (especializações de Crime); Insano
(compulsivo: comer lixo), Devoção (colocar ovos em novos hospedeiros)
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