Quando o Monstro Morre Sem Rolagem
As vezes a imaginação é maior que a rolagem dos dados. Não tem nada de errado em rolar dados. Aliás, essa é uma das partes mais satisfatórias do RPG. O som de vários dados quicando pela mesa, o suspense da virada, os olhos arregalados esperando pelo número final. Críticos, falhas críticas, modificadores que a gente esquece de somar. Isso tudo é parte do show. Mas uma das coisas que torna o RPG inesquecível não é o número que sai no dado. É o que acontece quando ele nem precisa ser rolado. É quando o jogador e o mestre olham para o cenário e percebem, juntos, que existe uma solução criativa, inesperada e cinematográfica para um conflito que parecia destinado a ser resolvido com inúmeras rodada, rolagens e cálculos. Quando, em vez de ataques sucessivos e consultas a ficha, a resolução do combate vem de uma ideia tão boa, tão coerente com o mundo e a história, que o sistema inteiro se cala e deixa a ficção assumir o controle. É o momento em que o RPG vira mais cinema do que jo...